26 de mai. de 2010

Minha vida e a ópera

Após meses sem escrever reinauguro este blog com alegria.

Continuando as nossas reflexões sobre os contextos entre a vida e as óperas, me pego escutando L’orfeo, musica in favola de Claudio Monteverdi. Particularmente esta ópera esta contextualizada em minha situação amorosa atual. Não é meu costume falar especificamente sobre minha vida neste blog, mas vamos lá. Nada mais justo para com meus leitores descobrirem um pouco de minha intimidade nesta reabertura de arte e vida.

A ópera conta sobre Orfeo que amava Eurídice com o mais puro e sincero sentimento. Eles marcaram o seu casamento com muita alegria e entusiasmo, mas por infelicidade do destino Eurídice é picada por uma serpente e morre. Orfeo que era músico, encanta os deuses com sua harpa e suas melodias apaixonadas e dramáticas. Os deuses do submundo tocados pela música de Orfeo, realizam seu desejo de ter Eurídice de volta, mas com a condição de que ele jamais olhasse na direção dela. Um dia em um momento de fraqueza ele olha para trás e vê o ombro de sua amada, antes que ele pudesse olhar o seu rosto, ela se desfaz no ar e volta a ser um fantasma no tártaro. Orfeo em sua dor entoa cantos de tristeza. Apollo, o seu pai, vem do céu e o leva para que ele conviva eternamente com a imagem de Eurídice nas estrelas.

Pela primeira vez eu não sei definir ao certo quem sou nesta ópera. Orfeo? Ele sofre como eu por estar longe da companheira, mas eu não seria Eurídice? Sim. Será se não preciso ser resgatado do tártaro onde vivo uma ilusão? Olhando por esse lado (o tártaro sendo uma ilusão em que nos metemos), não estaria eu vivendo um conto de fadas? Não no meu relacionamento com meu “flerte” como eu digo, mas na minha vida. Bem uma coisa é certa ele veio abrir meus olhos pra muita coisa, mesmo que as vezes ele seja cabeça dura e ignorante.

Em uma visão geral, nós temos que abrir os olhos e ver em que realidade estamos, se não é possível que esse alguém a quem temos imenso carinho e amor canse de nós. Sejamos verdadeiros, quem vive em um mundo meio ilusório para se “proteger” do mundo não é a melhor companhia do mundo. Sim, porque damos patadas e tentamos nos fechar para as verdades. Não façamos como Orfeo, não vamos olhar para trás, mas sim sempre adiante, para a vida é bela e precisamos saber vive-la.

Mas antes que me perguntem, eu não quero que minha vida seja como o mito de Orfeo, eu quero viver um amor sincero sim, mas quero que seja para sempre, não querendo prever o futuro. Mas precisamos aprender que quando amamos temos que pensar que este amor é eterno, porque amar é muito bom e faz bem a alma.

7 comentários:

Erica disse...

Ora, pois, como diria São Paulo: o amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Viva o amor, base de tudo! Que ele transborde sempre, para poder ser doado sem dor!
Bjs
Kika

Letícia Liberty Bell disse...

E precisamos também entender que, quando chegou a hora de alguém partir, precisamos deixá-lo partir...

Boa reinauguração!
Amo vc!

Meus Pensamentos disse...

Thiii.
Que texto Lindoo...
A história de Orfeu e Euridice é muito bonita, mais tbm muito triste.
Quee tua vida seja bem mais bonita, mais nem por isso seja tão tristee!
Beijãoo

... disse...

Nossa muito bonito texto.
E a historia de Orfeu e Euridice tambem é muito bonita.
Mais uma vez me indentifiquei muito com o poste.
Parabéns. :D

Cícero Ribas disse...

Adorei o texto o que tenho a dizer é "Plante seu jardim ao invés de esperar que alguém lhe traga flores" abraço beijos e fique com Deus...

http://ciceroribas.blogspot.com/
http://territorio-do-som.blogspot.com/
http://diarioemmeusolhos.blogspot.com/

Lojinha Virtu@l disse...

Lindo o texto, mas amor rima com dor, quem ama sofre, estou nesta fase..rsrsr..infelizmente.
Adorei seu blog viu! Bjusss
http://lojinhav.blogspot.com

Brenda Martins disse...

lindo texto , muito bem elaborado o que instiga a pensarmos quem somos em um ponto chave que e a realidade e a ilusão ,,, amei thiagoo

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