A ópera
se passa na França, onde uma criança cresceu em um regimento militar em época
de guerra. A marquesa voltando de seu chatêau é apresentada a Marie como sua
tia, que insiste em tirá-la do regimento e levá-la para ser educada em sua
casa. Marie se mostra uma mulher fora dos padrões da sociedade, e é resistente
quanto à educação que vem recebendo de sua tia. Quando ainda estava no regimento
Marie se apaixona por um soldado, e se entrega ao amor, entretanto nesta nova
fase de sua vida, sua tia pretende casá-la com o duque de Crakentorp. No
decorrer da ópera até a cena final, a marquesa revela a Marie que é sua mãe
legítima e concorda que ela seja feliz e se case com Tônio seu verdadeiro amor.
Esta
ópera nos mostra a importância de se libertar de certos preconceitos e nos dar
a chance de amar e permitir que outros amem de sua forma. O amor em sua
essência primordial nunca vem desrespeitar ou agredir a outrem, o que pode
ocorrer na maioria dos casos é a personalidade do ser (geralmente com
distúrbios) interferir no sentimento levando às vezes a um estado gritante de
exageros públicos. Lembremo-nos de combinar o amor e a paixão com o respeito!
Amar
uma pessoa de classe social diferente, de outra raça ou do mesmo sexo, não é um
crime, o que temos visto hoje em dia é um exacerbado preconceito que tenta
sufocar essas expressões de amor, causando danos morais e em alguns casos
psicológicos em suas vítimas. O que devemos tomar como lição a ser seguida desta
ópera, é a quebra do preconceito e a entrega ao amor. Muitas vezes deparamo-nos
com o falso moralismo que diz aceitar certas relações, mas desde que sejam
escondidas, porque elas ferem os olhos da sociedade. Lembrarei a todos que em
certa ocasião no passado era um escândalo gigantesco uma mulher pensar em
querer trabalhar. Graças a Deus evoluímos com o passar dos séculos, mas ainda
sim há mazelas enormes presentes na sociedade.
Às
vezes até fico sem entender o que um relacionamento alheio pode nos causar
tanto prejuízo a ponto de querer destruí-lo. Abram suas mentes e abram seus
corações para o amor, ver um casal homossexual de mãos dadas é tão bonito
quanto ver um casal heterossexual fazendo o mesmo, o importante é ver o
sentimento. Façam o mesmo ao presenciar um beijo de um negro com um branco, um
pobre com um rico e etc. O amor está aí para quebrar paradigmas errôneos, e
corrigir as feridas da alma. Deixe que o amor flua, e o fortaleça se estiver ao
seu alcance, assim como o sol dá a força a um botão de um lírio para abrir e
perpetuar sua beleza.
Então
por que ter medo de amar? Ame-se, ame o próximo, ame sua “alma gêmea”,
permita-se amar e ser feliz sem preconceitos.
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